sábado, 22 de março de 2014

O TEMPO DE CADA COISA

Certa vez o Senhor do Tempo pediu a quatro homens que visitassem cada um uma estação de tempo e voltassem trazendo algo significativo. O primeiro disse sorridente: - Olhe esta cor linda que eu adiquiri no verão. O segundo disse exultante: - Eu trago flores da primavera. O terceiro mostrou muita alegria: - Experimente estas frutas que eu colhi no outono. O quarto disse feliz: - Eu trouxe gelo do inverno – no entanto quando abriu a sua mala, perceberam que nada havia dentro dela, pois o gelo derretera na viagem de volta. O quarto homem quis chorar de desgosto, os outros três riram dele. Ele ficou envergonhado e se desculpou com o rei, mas sua majestade falou. - Deixem as flores e os frutos aqui e todos vocês voltem amanhã. Eles voltaram e constataram que as flores estavam murchas. O rei pediu que retornassem dois dias depois, assim fizeram e perceberam que as frutas estavam podres. Se despediram com a ordem de que retornassem depois de três dias. Quando se encontraram perceberam que o homem que visitara o verão estava branco novamente, perdera a sua cor bronzeada. Então o rei explicou: - Cada tempo é um tempo. O gelo derrete a seu tempo, a flor murcha, a fruta apodrece, e a cor desaparece. Não se pode medir a importância de algo pela sua duração de tempo. Cada coisa na natureza tem o seu valor. Assim também é na vida humana. Um sentimento, um pensamento, um gesto não tem mais ou menos valor por causa da sua duração cronológica. Um beijo de um quarto de segundo pode ser tão verdadeiro ou falso quanto um abraço de 30 segundos. Um relacionamento de um mês não tem menor valor que um relacionamento de um ano por causa do tempo. Uma pessoa de 50 anos não é mais importante que uma de 5 meses. Uma vida que durou 10 anos não foi de menor importância que uma de 90 anos. O tempo não determina a importância de alguém, de um objeto ou de um evento. Uma palavra pode exercer tanto poder sobre alguém quanto uma palestra. Confia tudo a Deus, a sua vida inteira sem medida com toda a confiança, que nada lhe faltará! Não tente compreender a vontade e o tempo de Deus, pois sua grandiosidade não cabe em nosso entendimento... “BASTA CONFIAR, SABER ESPERAR E ELE AGIRÁ”

Liderar para cima é uma arte

Liderar para cima é uma arte Dave Ulrich afirma que a boa liderança é aquela que inspira, empolga, envolve e dá autonomia Por FERNANDA BOTTONI Dave Ulrich, um dos maiores especialistas em gestão de pessoas do mundo, acredita que alguns líderes tenham perícia e sabedoria para influenciar seus próprios chefes. Professor de negócios da Ross School of Business , da Universidade de Michigan, e co-fundador do Grupo RBL, consultoria que presta serviços aos maiores executivos de RH do mundo, ele já publicou mais de 100 artigos e 20 livros sobre o assunto. Em seu mais recente trabalho, O Código da Liderança (Editora BestSeller), escrito em parceria com Norm Smallwood e Kate Sweetman, o guru americano afirma que a boa liderança é aquela que inspira, empolga, envolve e dá autonomia. De acordo com ele, um dos maiores erros que os líderes cometem hoje em dia é o de se tornarem orgulhosos e arrogantes, quando deveriam ser humildes e abertos para aprender. Veja o que ele diz a seguir, em entrevista exclusiva concedida a VOCÊ S/A. Um grande líder consegue liderar o chefe? Gerenciar os superiores é uma arte. Ela exige que o subordinado saiba exatamente do que o chefe precisa e saiba também demonstrar que pode ajudá-lo a alcançar o que quer. A influência de baixo para cima não se dá por cargo ou tempo de empresa, mas por perícia e sabedoria. Quando o subordinado consegue fazer o gestor atingir seus objetivos, ele se torna uma influência positiva. Essa tarefa muitas vezes exige humildade, para não assumir o crédito pelo trabalho que é realizado. Qual é o desafio número 1 na liderança? E seu maior inimigo? A liderança está relacionada à construção da próxima geração de líderes e à garantia de que os potenciais líderes tenham aptidões e capacidades sob medida para o futuro, mais do que para o presente. Para isso, é preciso que o líder se cerque de pessoas diferentes dele. É tentador e fácil para um líder rodear-se de gente que pensa e age como ele, mas isso não cria sucessores. Os líderes também devem tomar cuidado para se cercar de indivíduos muito talentosos. Às vezes isso significa mais diálogo, debate, discórdia e discussão, mas essa mistura é que leva aos melhores resultados no longo prazo. Quais são os erros mais comuns que os grandes líderes cometem? Eu destaco três. Primeiro, eles esperam que o futuro seja como o presente. Marshall Goldsmith e outros falam que o que trouxe você até aqui não vai levá-lo até lá. A afirmação é muito verdadeira. Muitas vezes o que ajudou um profissional a ter sucesso no passado não é o que será crítico para ele no futuro. O segundo é o líder se tornar orgulhoso e arrogante, quando deveria ser humilde e aberto para aprender. Isso ocorre quando o líder começa a se concentrar em si mesmo mais do que nos outros, quando fica fechado para novas ideias, quando tem mais respostas que perguntas, quando está mais preocupado com o consumo do que com a produção e quando seisola em vez de se conectar com os principais interessados. Esse comportamento gera mau julgamento e más decisões. Por fim, o terceiro erro é o de esquecer que, por definição, a liderança é um esporte de equipe. Não é individual. A liderança não é apenas o que eu faço, mas o que eu consigo realizar com os outros e por meio deles. Fazer com que as pessoas se sintam bem com seu trabalho é crítico na liderança. Qualquer pessoa pode desenvolver as cinco regras para liderar que o senhor menciona em seu livro? Acreditamos que as pessoas têm predisposições, ou coisas pelas quais elas são mais atraídas. Por exemplo, eu sou mais predisposto a trabalhar em questões estratégicas. Mas as pessoas podem aprender técnicas que lhes permitam participar plenamente de todos os cinco domínios da liderança. Eu posso aprender a gerenciar melhor os talentos ou a desenvolver o capital humano. A pesquisa sobre liderança mostrou que metade dessa capacidade é inata, é a nossa predisposição. A outra metade representa coisas que podemos aprender e dominar. Que perguntas um profissional pode fazer para si mesmo para se tornar um bom líder? Ele deve se perguntar primeiramente se realmente quer liderar. A liderança tem um preço. Ela exige o abandono da autonomia pessoal e de alguns relacionamentos. Também pode exigir o aprendizado de novas técnicas que estão fora da sua zona de conforto. Pode ainda pedir que o profissional assuma riscos pessoais e profissionais. Depois, a pessoa deve se perguntar quais são suas forças e fraquezas na liderança. Que dimensões da liderança ocorrem mais naturalmente para ela? Quais são as áreas em que pode ter sucesso gastando menos energia? Por fim, é preciso se perguntar quais são os resultados que mais deseja obter. Quem são as pessoas que me seguem como líder? Como posso garantir que meu trabalho supra as necessidades e expectativas dessas pessoas? E qual é o oposto de liderança? Pergunta capciosa. Não é o acompanhamento, porque os seguidores fazem os líderes terem sucesso, e vice-versa. Também fazemos distinção entre o líder como indivíduo e a liderança como uma capacidade dentro da empresa. No entanto, essas são extensões da liderança. O oposto de liderança, provavelmente, é a falta de objetivos e a inércia. Leitura O novo livro de Dave Ulrich, professor de administração da Universidade de Michigan, traz cinco regras básicas e essenciais para se tornar um bom líder

O Verdadeiro Papel Do Rh

“Urge liquidar o RH centrado em atividades e abraçar a causa de um RH de resultados”. Eugem Emil Pfister – sociólogo e consultor Conforme publicado na revista VOCÊ S/A, edição nº 88 de outubro/2005, o site da VOCÊ S/A durante dez dias fez uma pesquisa para saber o que seus leitores pensam a respeito da área de RH da empresa onde trabalham, das quais, seleciono aqui três questões: Uma “Você sabe qual o papel do RH da sua empresa?” – 61% responderam: “Não, o RH é lento, perdido e não cumpre seu papel”. Outra pergunta foi “Você considera o RH da sua empresa estratégico?” – 47% responderam: “Não, eles não são uma área estratégica e não têm a mesma importância de outras áreas”. E a última pergunta “O RH da sua empresa tem voz ativa?” – 42% responderam: “Não, o RH não tem voz ativa”. Isto é só uma amostra, mas reflete a realidade de uma grande parcela das organizações sejam elas pequenas, médias ou grandes. Ou seja, falta foco, falta estratégia, falta planejamento e alinhamento de ações voltadas para os objetivos organizacionais. É preciso mudar o quadro dentro das organizações. Os empresários precisam cobrar do RH uma nova postura frente aos desafios que cada organização vive e enfrenta em seu dia-a-dia. Por outro lado, os profissionais da área de RH devem entender o mundo globalizado em que estamos vivendo e, que nos é cobrado um novo comportamento, uma nova maneira de trabalhar e produzir. O RH deve ter objetividade. Deve ter como foco, a melhora contínua do clima organizacional para que os colaboradores atinjam seus resultados, suas metas. Outro papel do RH é a busca constante da valorização dos colaboradores, através do crescimento das pessoas na organização. E neste propósito, o RH deve colocar claramente aos colaboradores que não conseguem crescer e serem promovidos, suas reais razões. O que temos visto como políticas de RH em muitas organizações são: jornais internos, festas de confraternização ao final do ano, flores para as mulheres no dia internacional da mulher, cartões de aniversários, dias das mães e dos pais e outras atividades dessa natureza. Não passam de perfumarias – atividades com pouca importância. Não dá para o RH ficar apagando incêndios, ou seja, ficar propondo ações paliativas e provisórias. O RH tem que ter visão de médio e longo prazo, pensar como vai ser a organização daqui a cinco, dez anos. Que desafios a organização terá daqui a cinco ou dez anos? Precisamos ter um RH forte, com um planejamento estratégico estruturado para o desenvolvimento das pessoas alinhado com os desafios da organização. O RH precisa desenvolver uma política estruturada e vinculada aos objetivos organizacionais. Luiz Carlos de Souza é consultor de empresas e diretor da Performances - Assessoria, Consultoria e Treinamento em RH

Por que o salário nunca é suficiente?

Mais um artigo interessante. Diria até necessário e de auto ajuda. A grande maioria dos brasileiros vive a situação de "gastar mais do que ganha" ( me incluo nessa, rsss) Por que o salário nunca é suficiente? Jerônimo Mendes - Ao longo de vinte e cinco anos de carreira, Jerônimo Mendes trabalhou em empresas como Kablin, Bamerindus, Brahma, Texaco, Volvo e CSN. É Professor Universitário, palestrante e administrador de empresas formado pela FAE - Faculdade Católica de Administração e Economia Milhares de profissionais acordam todos os dias e, contrários à sua vontade, seguem para o trabalho, onde, na maioria dos casos, vão fazer o que não gostam, sorrir para quem não querem e ganhar menos do que poderiam. Por outro lado, outros milhares acordam todos os dias e, contrários à sua vontade, correm para a próxima banca a fim de comprar o jornal para procurar emprego e enfrentar a fila da última vaga disponível, do qual, em muitos casos, ela existe porque alguém chegou à conclusão de que era melhor tentar um novo emprego, ou ainda porque foi disponibilizado para o mercado. Assim é o mundo corporativo. Existe sempre alguém disponível para ocupar a sua vaga pela metade do seu salário, portanto, mudar de emprego não basta. Reflita sobre os seus ganhos. Sai dissídio, entra dissídio, sai chefe antigo, entra chefe novo e, mesmo assim, você continua ganhando pouco. Vinte anos se foram na mesma empresa e você não foi reconhecido. Muitos vieram de fora e você não foi promovido. Qual a razão para isso? É muito simples. Mas antes, permita que eu compartilhe uma história que ocorreu comigo há muito tempo. Certa vez, tomei coragem e abordei o diretor da unidade onde eu trabalhava, numa grande companhia, e fui direto ao ponto: - Grande chefe, o meu salário não sobe faz muito tempo. O dissídio foi pouco e não resolveu o meu problema. Existe algo que possa ser feito por mim? Na época, eu ganhava um bom salário. Nada mau para quem saiu do interior, galgou a escada corporativa e, de emprego em emprego, foi melhorando. Mas, para minha surpresa, ele foi mais direto do que eu: - Grande Jerônimo! Como eu gosto de você e do seu trabalho, juro! Porém, deixa eu te dizer uma coisa: esse negócio de aumento é besteira, vai por mim. Eu, por exemplo, ganho quase 30 mil por mês e não me sobra nada. A única coisa que eu posso fazer é ajudá-lo com a rescisão e a multa do FGTS. Na hora, eu fiquei mudo e dei aquele sorriso infeliz, porém o fato me fez repensar a maneira de ver o problema. De lá para cá, prometi a mim mesmo que nunca mais pediria aumento de salário, mas faria de tudo para construir a minha própria renda. Ele não deixava de ter razão, pois o importante não é quanto você ganha, mas como você gasta e administra a parte que lhe cabe. O maior erro que se pode cometer é não saber viver com o salário que se recebe e, por conta dos “brinquedinhos” que a mídia vincula diariamente na sua mente e na mente dos seus filhos, você acaba levando uma vida de empréstimos e mais empréstimos e faz do cheque especial a extensão do seu salário. É necessário muito amor e equilíbrio para resolver o problema da falta de dinheiro na família. O salário nunca será justo e suficiente para as suas necessidades e você está sempre querendo mais, pois a despesa cresce na mesma proporção da sua receita. De fato, 5% de dissídio ou 10% de meritório não vão resolver a sua vida. Entretanto, greve, pressão, cara feia, conversa séria com o chefe e, até mesmo, um novo emprego não serão suficientes para amenizar a insatisfação, se você não praticar uma virtude essencial para o sucesso na vida pessoal e profissional: DISCIPLINA. Sem disciplina, não importa se você ganha salário mínimo ou dez mil reais por mês, você será eternamente infeliz. Por essa razão, é que testemunhamos diariamente na mídia, pessoas sorridentes que ganham de um a três salários por mês e pessoas extremamente vazias e infelizes que ganham salários astronômicos, do qual os primeiros nem imaginar conseguir durante uma vida inteira de trabalho, e mesmo assim são felizes. Nas palavras de Henry Ford: “se o dinheiro for a sua única esperança de vida, você jamais a terá. A única segurança consiste numa reserva de sabedoria, de experiência e de competência”. Penso que a maneira mais fácil de conseguir aumento de salário é fazer algo diferente e produtivo, principalmente quando você constrói o próprio negócio e torna-se um empregador por excelência. Não reclame do patrão nem do salário, pois é deselegante e antiético. Legal mesmo é perseguir os sonhos e uma renda maior de outra forma, com cabeça, coração e criatividade. Há um provérbio iídiche que diz o seguinte: “com dinheiro no bolso você é bonito, inteligente e sabe até cantar”. Portanto, pense nisso! Seja disciplinado, poupe mais, construa a renda ideal, sofra menos e seja feliz!

Em busca do emprego ideal

Há trinta anos eu consegui o meu primeiro emprego como Auxiliar de Escritório I na Klabin do Paraná, uma gigante do ramo industrial papeleiro, instalada na cidade onde eu morava. Meus pais se aposentaram na empresa e minha irmã do meio trabalha lá até hoje. Aliás, na época, quase toda a cidade havia passado pela Klabin. Ter a carteira assinada pela maior empregadora do município era o sonho de consumo da população local. O primeiro emprego a gente nunca esquece. Eu tinha o melhor salário do mundo, um ótimo chefe, mesa exclusiva e companheiros inesquecíveis. Eu não reclamava das botas com biqueira de aço, das babadas inesquecíveis do chefe (um verdadeiro paizão), de bater cartão-ponto às sete e trinta e seis da manhã, do trabalho extra nem das longas idas e vindas pelas obras e pelo escritório central a pé durante o dia todo mesmo sabendo que à noite haveria uma jornada cansativa de estudos para cumprir. O que era importante na época? Eu tinha crachá, símbolo de dignidade, segurança, status, respeito e um pacote considerável de benefícios para a minha idade. Quando eu passei no exame da Escola Técnica e pedi demissão, três anos depois, o chefe deu a maior força e ainda datilografou uma carta de referência, meu pai vibrou e naquele momento eu tinha certeza de estar no caminho certo. Diferente dos demais, minha mãe se fechou no quarto e chorou ao imaginar que eu pudesse ficar pelo menos trinta anos no que ela dizia ser o emprego ideal. Entretanto, minha intuição dizia que as oportunidades não surgem em nossa vida por acaso e que o emprego ideal não viria sem estudo, determinação e novas experiências. Com muito jeito para convencê-la e uma decisão irrevogável, eu deixei o interior para tentar a vida na capital, em busca do emprego ideal, a exemplo de outros milhares de jovens desse país. O sonho de construir uma carreira brilhante e encontrar o verdadeiro eldorado profissional numa cidade grande foi aplacado temporariamente no mesmo instante em que encontrei o primeiro chefe inescrupuloso. Entretanto, por trás das adversidades existem oportunidades disfarçadas. No auge da minha impetuosidade juvenil, as adversidades sempre me conduziram para ambientes mais promissores e aos poucos eu fui galgando a escada corporativa. Por conta disso, abandonei o meu primeiro emprego na capital quando surgiu outra oportunidade melhor. Em trinta anos de história profissional eu mudei oito vezes de empresa e nunca encontrei o emprego ideal, por uma simples razão: ele não existe. Em todas as profissões, ocupações e gerações, a busca incessante do ser humano por uma zona de conforto maior do que sua própria natureza lhe proporciona o transforma num eterno descontente. Particularmente, me angustio quando vejo pessoas sendo estimuladas a procurar o emprego ideal como se isso dependesse exclusivamente da boa vontade de cada um. A natureza humana é insaciável. Quando uma necessidade é atendida, outra surge imediatamente em seu lugar, uma verdade perfeitamente compreensível que contribui para o processo de evolução pessoal e profissional. Cursos, diplomas, treinamentos, apadrinhamentos ou aconselhamentos de qualquer natureza não poderão ajudá-lo a encontrar o emprego ideal enquanto você estiver condicionado a associar dinheiro ao sucesso ou sobrevivência ao dinheiro de maneira automática. Ao contrário, o emprego ideal está diretamente associado ao sentido de realização e ao gosto pela vida. São poucos os casos de pessoas dispostas a abrir mão de um bom salário ou de um ótimo cargo, bem como dos seus respectivos benefícios, para se dedicar a projetos mais nobres, talvez menos rentáveis, porém mais alinhados com a sua vocação original. Em geral, isso ocorre quando a pessoa já sacrificou parte da vida e da saúde numa corrida desenfreada pelo dinheiro. A partir do momento em que você toma consciência da importância do trabalho na sua vida, você passa a sonhar com o emprego ou com a profissão ideal e, automaticamente, o desejo é transformado em objetivo de vida. Entretanto, ainda que você não o coloque no papel e não estabeleça metas para alcançá-lo, seja por conta própria ou como empregado, ele permanece no inconsciente pronto para pressioná-lo ao menor sinal de descontentamento. Não acredita? Aguarde a próxima discussão com o chefe, o próximo extrato bancário ou o próximo comprovante de pagamento. O emprego ideal depende de uma série de fatores positivos que apenas o tempo, transformado em experiência de vida, é capaz de proporcionar. Por essa razão, os empregos são transitórios, nossos objetivos estão sempre além do que já foi alcançado e vivemos imaginando que o emprego dos outros é melhor do que o nosso. Por essa razão também existe sempre um substituto pronto para ocupar o seu lugar, pois, enquanto você está cobiçando o cargo do chefe, alguém está cobiçando o seu. Meu pai trabalhou trinta anos na mesma empresa e não encontrou o emprego ideal. Eu passei por oito e continuo firme no propósito de consegui-lo, porém acredito ter encontrado o caminho: foco, determinação e muita persistência. Conheço dezenas de profissionais que passaram dos sessenta anos e ainda não sabem o que fazer da vida e outros milhares que continuam esperando a aposentadoria para então se dedicar ao emprego ideal. Mudar de emprego não basta, é necessário encontrar-se interiormente, ser menos crítico, mais decidido, menos ansioso, estabelecer metas e preparar-se definitivamente para alcançá-las. Quando se sentir ameaçado, desmotivado e infeliz com o cargo e o salário, basta comparar o estágio alcançado com o dos demais da sua geração e você verá que a situação não é tão ruim quanto parece. O primeiro passo indispensável para conseguir o emprego ideal é decidir o que você quer da vida. Como dizia Martin Luther King, “Dê o primeiro passo com fé. Você não precisa ver toda a escada, apenas suba o primeiro degrau.” Creio que mais importante do que encontrar o emprego ideal é nunca deixar de persegui-lo. Pense nisso e seja feliz! Jeronimo Mendes Consultor e Palestrante nas áreas de gestão, comportamental e mundo corporativo em geral. Livros Publicados: - Oh, Mundo Cãoporativo! (Qualitymark) - O Encontro das Estrelas (Canção Nova) - Benditas Muletas (Vozes)