sábado, 25 de fevereiro de 2012

Por que as pessoas procuram emprego, mas não querem trabalho?

Por Flavio de Burgos Ribeiro para o RH.com.br


Em pleno século 21 é incrível como, cada vez mais, as pessoas estão preocupadas apenas com a embalagem e se esquecem do conteúdo. Inúmeras vezes são oferecidas vagas para diversas áreas de trabalho e as mesmas ficam em aberto por não existirem profissionais capacitados para preenchê-las. Quando não é isso, o descaso de alguns "profissionais" que se dizem interessados na vaga confirmam por email ou por telefone e, simplesmente, não comparecem na data combinada. Onde está a ética e o senso de responsabilidade destes candidatos? Por que não são francos ou apenas responsáveis em querer ou não determinada vaga?

Os cursos de capacitação estão aí, disponíveis no mercado e são inúmeros. A mídia sempre salienta a importância destes cursos, o quanto o mercado está competitivo e as salas preparatórias quase sempre vazias. O que falta, então? Interesse? Responsabilidade? Tempo? Dinheiro? Em relação a este último não creio que seja, pois, quando se fala em BALADA ainda existem grupos que acabam dando um "jeitinho" para não faltarem. Contudo, quando falamos de capacitação a conversa muda e todos logo argumentam uma justificativa. Vale salientar que uma "Embalagem" vazia, por mais bela que seja, continua sendo apenas uma embalagem e que conteúdo é fundamental.

Com o advento das Faculdades de Ensino a Distância (EAD) aos poucos esse quadro vêm sofrendo algumas alterações (positivas claro!). Hoje, observamos que há um aumento considerável de alunos universitários - o que sinaliza uma luz no final do túnel -, isso porque tenho percebido e vivenciado a evolução destes, onde desenvolvem um bom grau de responsabilidade e planejamento, pois as atividades acadêmicas devem ser postadas impreterivelmente na data, e caso não o façam ficarão sem a nota da atividade.

Verdade seja dita, as escolas públicas deveriam preparar melhor seus alunos para que, ao ingressarem em uma faculdade não fiquem tão perdidos, tentando acompanhar o ritmo frenético das universidades. Isso porque há estudantes que não conseguem acompanhar essa realidade, ficam frustrados, desmotivados e não são poucos os que acabam desistindo desse sonho que, às vezes, é compartilhado em família, ou seja, muitos se tornam o primeiro da família a cursar um ensino superior.

Muitos ainda são aqueles que procuram uma faculdade de ensino a distância, sem conhecer nada de informática ou, então, estão há muitos anos sem estudar por motivos diversos e, inclusive, pessoais, estando em sua grande maioria completamente desatualizada em relação às novas metodologias de ensino.

Contudo, ainda, precisamos evoluir muito em relação à capacitação. Devemos escolher a real área de interesse e nos aprofundarmos, cada vez mais, buscando os cursos preparatórios e de desenvolvimento pessoal, pois, só dessa maneira poderemos ser capazes de concorrer e ocupar essas tantas vagas que o mercado oferece. Não podemos ignorar o fato de que as indústrias, por exemplo, estão procurando instalar-se em cidades do interior já sabendo que encontrarão incentivos fiscais, isenção de impostos e mão de obra barata, pois os níveis mais elevados do organograma da empresa obviamente são ocupados por profissionais de fora. E na grande maioria das vezes simplesmente nos calamos e aceitamos. É imprescindível adquirirmos cultura, conhecimento e preparo para o mercado.

Curioso é que ao chegar o final de ano a demanda é inversamente proporcional, ou seja, as pessoas estão muito mais preocupadas com as festas, as compras, os presentes e são muitas as vagas não são ocupadas. Será que realmente o Brasil possui hoje um superávit no número de empregados e o número de desempregados é tão pequeno, que sobram empregos? Ou as empresas querem cada vez mais profissionais bem qualificados? Indo de encontro a tudo isso ainda existem aqueles que acabam de se formar numa graduação, muitos sem ter experiência na área e possuem a pretensão de receberem salários compatíveis com grandes profissionais que se dedicaram e estudaram muito para poderem desfrutar de tudo que foi plantado e, hoje, estão colhendo.

"O único lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário", como dizia Albert Einstein.

Motivação para vencer!

Por Gilclér Regina para o RH.com.br


Quando crianças, ouvimos os adultos afirmarem "menino, vai estudar para vencer na vida". Na maioria das vezes, esta afirmação está associada a "se dar bem na vida", "ganhar muito dinheiro".

Na prática, vemos tantas pessoas, empresários, artistas e outros que "se deram bem" sob esta ótica, mas, na verdade, são pessoas superficialmente felizes ou infelizes.
Afinal, o que é ser vitorioso? O que significa "vencer na vida"? Sucesso é um conceito social e um autoconceito ao mesmo tempo, então, vencer na vida é estar bem consigo mesmo.

Uma dona de casa que se esforça e consegue educar bem seus filhos é ou não uma vitoriosa, mesmo não tendo muito dinheiro? Um cientista que vive preso num laboratório, que não ganha milhões, mas tem a missão de contribuir para a ciência, ele é ou não um sucesso?

Depende do conceito de sucesso que cada pessoa tem. Sucesso para uns pode ser dinheiro, para outros, o reconhecimento, a família etc. Por que vemos pessoas ricas que vivem drogadas, que se matam? Ou pessoas que vieram de condições modestas e são muito mais felizes do que aquelas que nasceram com 50 milhões de dólares na conta e, talvez por isso mesmo, não possuem objetivos ou metas?

O ser humano precisa ter pelo que lutar. Isso é que é motivação. Eu imagino que motivação é tudo aquilo que você ainda não tem, ao contrário de satisfação, que é tudo o que você conseguiu.

Se eu não posso te motivar, posso lhe dar motivos para que você faça melhor e mais aquilo que você quer fazer. Ser feliz na sociedade contemporânea é algo muito amplo.

Um casal que conheço tem um filho que é músico de uma banda de rock e ele é absolutamente feliz, mesmo levando uma vida difícil e dura, para quem o observa de fora. Quando perguntam o que ele vai ser na vida, responde que já é um músico.

Agora, se analisarmos sob uma visão de empreendedorismo, ele seria um sucesso ou um fracasso? Quem poderá dizê-lo? Quem poderá ser o juiz da felicidade de alguém ou seu conceito de sucesso? E ainda, quantas histórias dessas viraram inclusive em fama e dinheiro.

Muitas vezes eu ouço assim: "Preciso motivar meus funcionários". Mas em muitos casos é muito difícil motivar um funcionário porque se ele der uma opinião sobre coisas novas, lá é proibido, não há espaço para essas coisas. E as condições de trabalho?

Como motivar? Primeiramente deve passar por perguntar sobre o que motiva! Motivar é trabalhar nas alternativas do meio ambiente que lhe deem os motivos suficientes para você fazer mais e melhor aquilo que deve.

Existe um ditado britânico que diz: "Eu posso levar meu cavalo até o rio, mas ele só vai beber água se ele quiser beber". Motivar é isso, é levar esse cavalo até o rio, sabendo que a quantidade de água que ele beberá irá depender dele.

Uma empresa necessita trabalhar em condições para que essa pessoa se motive. O que você poderá fazer para que seu filho tenha condições de vencer? Você lhe dará afetividade, equilíbrio emocional, suporte financeiro, para que ele encontre seu verdadeiro caminho.

Motivar é oferecer os motivos para que sejam vencidos os desafios. Como disse Martin Luther King: "Se um homem não descobre algo por que morrer, não está preparado para viver".

Eu vejo professores que ganham mal, mas que se preparam como se aquela fosse à aula de sua vida, e isso é bonito de ver. Possuem sentimento de missão. Não adianta querer vencer, é preciso preparar-se para vencer. Não basta rezar, é preciso ir ao encontro de Deus.

Winston Churchill que disse certa vez: "O mundo estaria arruinado se cada um somente cumprisse com a sua parte". Nunca vi nesta vida um desanimado que prosperasse. O fracasso só existe verdadeiramente para os desanimados, para os profetas do caos que estão sempre de plantão. Essas pessoas predizem que nada vai dar certo e acabam acertando, porque nada acaba mesmo dando certo.

A ideia é confiar mais. Precisamos ter mais certeza no positivo e sabemos que este se alimenta dos negativos. A grande dica é ver o que todo mundo vê e perceber o que ninguém percebe. Quem fizer isso, estará construindo o seu sucesso pessoal, fincado em rochas verdadeiras.

Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!

Outsourcing de RH, uma tendência mundial

Por Alexandre de Botton para o RH.com.br

Diante de um mercado cada vez mais competitivo e exigente, diferentes áreas das empresas têm buscado opções que agreguem valor ao seu negócio. No setor de Recursos Humanos, essa realidade não é diferente e é nesta onda que a terceirização (outsourcing) de processos de RH vem ganhando espaço, crescendo a índices significativos, ano a ano.
Mas afinal em que consiste o outsourcing de RH?
Atuando há cerca de 10 anos neste segmento, posso afirmar que o outsourcing de Recursos Humanos vai muito além da automatização de processos e redução de custos. O mercado está amadurecendo e já percebeu que ao transferir suas atividades operacionais, restará mais tempo para se dedicar às estratégias de negócio, melhorando a produtividade.

Mas para que isso aconteça de forma efetiva, é preciso contar com parceiros que estejam aptos para entender as reais necessidades, os princípios e os valores da empresa contratante. Só assim será possível uma interação, para que sejam adotadas as melhores práticas da terceirização dos processos de RH.

Hoje, a prestação de serviços nesta área envolve três formatos distintos: o BPO (Business Process Outsourcing), no qual a prestadora coloca funcionários para fazer o serviço dentro do cliente; BSP (Business Service Provider), em que a empresa faz o imput dos dados em um sistema e a prestadora faz todo o processamento; e ASP (Aplication Service Provider), modelo em que o cliente usa o sistema e a estrutura de banco de dados de um fornecedor, com autonomia para realizar todo o processo.

Todas essas opções encontradas, aqui no país, mostram o amadurecimento do mercado brasileiro, que tem oferecido soluções robustas e vantajosas para este segmento. Vencendo antigas barreiras, a oferta de gestão terceirizada de RH tem sido vista como uma aliada que tira mais um peso administrativo das mãos do cliente.

A atividade mais terceirizada atualmente é a folha de pagamento. Considerada complicada e trabalhosa, a folha requer uma dedicação especial das equipes de RH, que são obrigadas a lidar com a retrógrada Legislação Trabalhista Brasileira, repletas de detalhes que dificultam a contabilidade dos salários, benefícios e impostos relacionados a cada funcionário. Nesta parte, com o auxílio da tecnologia, o outsourcing assume essa atividade e proporciona economias bruscas no tempo de processamento. Em ritmo um pouco mais lento, aparecem as áreas de benefício, recrutamento e seleção e treinamento de pessoal, que devem despontar nos próximos anos, representando uma boa fatia neste mercado.

Mais do que um simples crescimento, a implementação do outsourcing de processos de RH é uma tendência. Para se ter uma idéia, nos Estados Unidos - pioneiros nesse tipo de terceirização, cerca de 35 a 40% das empresas já adotaram a terceirização e descobriram os benefícios reais que esse tipo de serviço pode trazer. E pelo que tudo indica, as empresas brasileiras devem manter o ritmo crescente na adesão tanto de soluções como de serviços de RH.

Para as grandes corporações, que possuem capital em bolsa, as regulamentações proporcionadas pela legislação Sarbanes-Oxley, podem ser uma preocupação a mais para os gestores de Recursos Humanos. A empresa tem de ter seus processos regulamentados e reportados de acordo com uma metodologia, e isso envolve a elaboração da folha de pagamento. Terceirizar os processos pode ser o fim da “dor de cabeça”, mas é necessário que se busque um fornecedor que conheça a legislação e os procedimentos profundamente.

Enfim, é um erro pensar que a transferência dos processos de RH a terceiros restringe-se a benefícios limitados. Ela deve ser considerada um complemento do trabalho humano, que o torna ainda mais produtivo. Quando os processos são bem conduzidos e transparentes, os funcionários passam a aceitar a terceirização como um avanço, tanto para a corporação quanto para a carreira de cada um.

A expectativa para os próximos anos é que as empresas mostrem-se ainda mais receptivas quanto aos benefícios do outsourcing. Mais do que um simples crescimento, a implementação do outsourcing de processos de RH é uma tendência, uma nova realidade mundial.